O Governo da Somália e as Nações Unidas pediram esta segunda-feira quase 900 milhões de euros para dar assistência a quatro milhões de pessoas que este ano vão precisar de ajuda humanitária neste país africano.
"Múltiplas crises, incluindo choques climáticos dispersos, conflitos prolongados, surto de doenças e uma praga maciça de gafanhotos levaram milhões de crianças, homens e mulheres na Somália ao limite da sobrevivência", disse o coordenador humanitário da ONU para a Somália, Adam Abdelmoula.
Na nota de imprensa citada pela agência espanhola Efe, diz-se que a situação humanitária piorou no ano passado devido à tripla ameaça das inundações, pandemia de covid-19 e a praga de gafanhotos e acrescenta-se que este ano o desafio será ainda maior devido ao agravamento das alterações climatéricas e do impacto prolongado da pandemia.
"Antevemos um crescimento das necessidades humanitárias durante este ano; o nosso apoio para garantir a disponibilidade e o acesso a serviços básicos como alimentos, abrigo e serviços de saúde é vital", disse o responsável na apresentação do Plano de Resposta Humanitária para a Somália.
"Pedimos aos doadores que também dêem prioridade aos programas que abordam os desafios estruturais e crónicos do desenvolvimento na Somália, incluindo, entre outros, a protecção das mulheres e das meninas", vincou.
A Somália vive em conflito desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado e o país ficou sem um governo, caindo nas mãos de milícias islâmicas e 'senhores da guerra'. (RM-NM)
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