A Procuradoria-Geral da República (PGR), que se pronunciou pela primeira vez, ontem, afirma que da referida acusação, se verifica que, os factos de que os arguidos são acusados estão relacionados com o caso da dívida contraída entre 2013 e 2014 pelas empresas moçambicanas ProÍndicus, Ematum e MAM, junto dos bancos Credit Suisse e VTB Capital, com garantias do estado moçambicano.
A PGR refere que prossegue com a instrução preparatória, tendo sido até ao momento constituídos dezoito arguidos, entre servidores públicos e outros cidadãos, indiciados.
A instituição indica que corre na PGR o processo-crime 1/PGR/2015, onde são investigados os crimes de abuso de confiança, peculato, corrupção, branqueamento de capitais, burla por defraudação, entre outros, no âmbito da contracção dos empréstimos pelas três empresas moçambicanas.
E após o relatório final de auditoria realizada pela Kroll, em 2017, de entre várias diligências, a PGR emitiu pedidos de cooperação internacional a vários países, com destaque para os Emiratos Árabes Unidos, Reino Unido da Grã Bretanha e os Estados Unidos da América.
A instituição afirma também que está a encetar diligências junto das autoridades competentes sul-africanas e norte-americanas para acautelar interesses do estado moçambicano no que diz respeito a responsabilização dos infractores no território moçambicano e recuperação de activos.
No comunicado, a Procuradoria-Geral da República afirma entretanto que emitiu uma carta rogatória aos Estados Unidos da América solicitando informações referentes a movimentos bancários, contendo identificação de transferência de valores provenientes de empresas fornecedoras de bens e serviços sedeadas nos Emirados Árabes Unidos e noutros países, a favor de indivíduos suspeitos incluindo os constantes da acusação proferida pelas autoridades americanas, porém a PGR até a presente data não obteve resposta. ( RM)