Tribunal superior de Lilongwe no Malawi suspende a decisão do governo, que obriga os refugiados e requerentes de asilo a fixarem -se no campo de refugiados de Dzaleka.
A posição do tribunal decorre de uma petição submetida àquela instância judiciária pela comunidade de refugiados, indicando que a medida contrastava com a lei.
Foi no princípio deste mês, que o ministro da segurança interna do Malawi, Richard Chimwendo Banda, concedeu 14 dias para que os refugiados e requerentes de asilo retornassem ao campo de refugiados de Dzaleka, criado para o efeito.
O governo justificava a medida como uma forma de manter o controlo sobre os refugiados, espalhados em quase todo o país.
Mas, o tribunal superior de Lilongwe disse que a medida não encontrou enquadramento legal, tendo apelado ao governo para efectuar uma revisão legislativa afim de acomodar tal pretensão.
A Organização das Nações Unidas já tinha alertado ao governo malawiano para tratar com ponderação o assunto dos refugiados, sob pena de violar tratados internacionais sobre a matéria, de que o país é signatário.
Maria José Torres coordenadora residente da ONU no Malawi, alertou igualmente os órgãos de comunicação social a serem prudentes no tratamento desta informação, para não empurrar o país a comportamentos xenófobos.
O alerta da ONU, segue se aos apelos da coligação da defesa dos direitos humanos e outros órgãos civis de justiça.
O Malawi conta com 48.824 refugiados e requerentes de asilo, dos quais 2.000 residem ilegalmente no país. (RM Blantyre)
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