O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou a chegada, esta sexta-feira, de apoio militar em tropas, proveniente do Ruanda, no quadro dos esforços para o combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado.
Filipe Nyusi fez este anúncio na vila de Mueda, num breve encontro com combatentes da luta de libertação nacional, tendo pedido uma convivência sã com as tropas estrangeiras.
“ Foi a SADC que autorizou que Moçambique pode pedir apoio de outro amigo que esteja disponível. Também pedimos apoio aos nossos amigos de Ruanda. Levamos muito tempo a pensar, a nos organizar e a planificar. Não é só eu venho, venho, não. Nós temos que pensar. Já vivemos desde o tempo colonial, tempo que existiu muçulmano, sempre existiu cristão, nunca lutamos. Ainda vêm mais. Cabo delgado há mais problema por causa da pobreza, aí há mais pobreza do que outro sítio, grande mentira. Essa pobreza não há em Namuno, Mecúfi, em Chicualacuala ? Só na semana passada conseguimos pôr água em Chicaulacuala; desde o tempo colonial a água ia de comboio, não havia água, não há guerra, essa é mentira. , disse.
O Presidente da República anunciou a chegada de apoio militar na próxima semana da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
"Já escreveram a carta para as Nações Unidas para dizer que a partir de dia 15 vão ajudar Moçambique", referiu.
"Vão trabalhar connosco, não são eles que mandam", clarificou, apontando para os dirigentes das FDS. “Vão se organizar e trabalhar com estes comandantes. O combate aos grupos rebeldes vai ser organizado pelos chefes moçambicanos: Os nossos comandantes vão dividir áreas, para não irem todos para o mesmo sítio. "A defesa do país depende de nós", acrescentou.
Nyusi sublinhou que Moçambique nunca se recusou em receber apoio militar de qualquer natureza, sublinhando que era necessário criar as devidas condições. (RM)
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