Malawi: Governo quer celeridade na construção da linha férrea que liga Moçambique

O vice-presidente do Malawi, Saulos Chilima, exige celeridade nos trabalhos de reconstrução dos 72 quilómetros de linha férrea que ligam Limbe-Sandama, no Malawi, à Vila Nova de Fronteira, em Mutarara, Tete, Moçambique.

A exigência de Chilima decorre do reinício das obras de reabilitação daquela infra-estrutura, que vai atrasada há oito meses, depois do compromisso assumido em Outubro do ano passado, entre os chefes de estado do Malawi e Moçambique.

O Vice-Presidente do Malawi que visitou as obras, esta quarta-feira, disse que apesar do atraso verificado, os encarregados da empreitada devem assegurar que os prazos fixados pelos dois estadistas sejam observados.

Numa fase avançada, encontram-se as obras de construção da ponte sobre o rio Ruo em Makhanga. Paralelamente  decorrem as obras de reabilitação da ferrovia no percurso Limbe, em Blantyre, até Marka, em Nsanje.

O vice-presidente do Malawi, está preocupado com o cumprimento das metas estabelecidas.

O encarregado da obra Chrispine Kapalamula justificou que o atraso deveu-se a pandemia da covid-19, mas assegurou que a primeira fase das obras será concluída em Maio de 2022.

Orçadas em treze milhões de dólares, as obras vão assegurar a ligação de Mutarara, na província de Tete, até Limbe, em Blantyre.

Além de escoar açúcar para a Europa através do porto da Beira, e importar bens essenciais e fertilizantes, a infra-estrutura servirá igualmente para transporte de pessoas.

O governo de Lazarus Chakwera, está determinado em projectos ferroviários para ligar o Malawi e Moçambique através dos portos de Nacala e Beira.

A posta na construção da linha férrea visa reduzir o custo com o  transporte rodoviário no país, tido como o mais alto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

As estatísticas indicam que o custo médio de transporte rodoviário é de 10 dólares por tonelada, contra o custo regional recomendado que é de 7 dólares. ( RM Blantyre)