O Presidente Cyril Ramaphosa disse que a África do Sul pode nunca saber o real custo da captura do estado, durante o consulado de Jacob Zuma.
Ramaphosa explicou que apesar das evidências que foram apresentadas à comissão de inquérito e apesar do exaustivo trabalho de investigadores, académicos e jornalistas, não acredita que sejam conhecidos os danos causados ao estado pela cultura de corrupção, então vigente.
O estadista sul-africano falava, esta quinta-feira, no encerramento do seu testemunho perante a comissão que investiga a grande corrupção, no governo de Jacob Zuma.
Cyril Ramaphosa afirmou que somente a profissionalização do sector público pode ser a chave para o sucesso da luta contra o que chamou de cultura de captura do estado.
No seu depoimento, o presidente Ramaphosa disse mesmo que a África do Sul chegou a estar no fundo do poço, mas garante que o país está a mudar e que essa mudança é irreversível.
Sobre as críticas de que deveria ter feito mais, na qualidade de vice- presidente do partido e do país, Cyril Ramaphosa argumentou que o Congresso Nacional Africano foi cegado pela amizade que a polémica família Gupta tinha com o então presidente, Jacob Zuma.
Ramaphosa acredita que alguns elementos que compunham o governo de Zuma foram colocados nos postos justamente para facilitar a expansão da captura do estado. Nesta empreitada, diz Ramaphosa, houve envolvimento de alguns segmentos do sector privado.
Por isso Ramaphosa diz que abandonou a ideia de se demitir para, juntamente com outros, evitarem danos maiores ao estado sul-africano.
O presidente sul-africano diz que vai agora aguardar o relatório final da comissão de inquérito para poder agir.
Ramaphosa esclareceu também que estava em investigação a alegada existência de uma espécie de exército privado, acampado nos Serviços de segurança do estado, que trabalha para Jacob Zuma.
Ramaphosa disse que esta foi uma das razões pelas quais a agência de segurança do estado foi transferida para a Presidência da República (RM).
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