O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos disse esta sexta-feira que os Estados Unidos esperam acolher mais de 50.000 pessoas no país retiradas do Afeganistão por via aérea.
Alejandro Mayorkas sugeriu que esse número poderia subir naquilo que apelidou como uma evacuação sem precedentes, em declarações aos jornalistas durante uma conferência de imprensa, acrescentando que os EUA levaram mais de 40.000 para o território desde a queda de Cabul no mês passado.
Cerca de um quarto das pessoas retiradas até agora e que já estão nos EUA são cidadãos norte-americanos ou residentes permanentes, enquanto os restantes são pessoas que receberam os vistos especiais de imigrantes para afegãos que trabalharam com os EUA ou a NATO como intérpretes ou noutras funções.
Também estão incluídas nesse grupo as pessoas que solicitaram, mas ainda não receberam o visto, e as consideradas "vulneráveis" sob o regime talibã, incluindo mulheres, crianças e membros da sociedade civil.
O secretário de Segurança Interna, que chegou aos Estados Unidos ainda criança como refugiado de Cuba com a sua família, falou orgulhosamente do esforço de retirada e disse que o número admitido de pessoas poderá vir a exceder as 50.000.
Além disso, revelou que todos os que entraram no país estão a ser submetidos a um rastreio de segurança e outros controlos, nos quais são testados para a covid-19 e são vacinados.
Os talibãs celebram a vitória no Afeganistão na terça-feira, um dia depois da partida dos últimos soldados norte-americanos.
A retirada pôs fim a uma guerra de 20 anos desencadeada pela intervenção de uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos para expulsar os talibãs no poder, na sequência dos ataques de 11 de Setembro em solo norte-americano.
O regresso dos islamitas ao poder forçou os ocidentais a retirar os seus cidadãos e afegãos do aeroporto de Cabul à pressa, uma vez que corriam o risco de retaliação por parte dos talibãs, por terem ajudado as forças estrangeiras. (RM-NM)
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