O antigo Director-Geral do SISE, Gregório Leão admite ter feito despachos relativos ao projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique, que levou à contracção das dívidas não-declaradas com garantias do estado, em mais de 2.2 mil milhões de dólares.
O antigo Director-Geral do SISE indicou que os despachos foram feitos em colaboração com o réu, António Carlos do Rosário.
O réu Gregório Leão explicou depois de muita insistência do juiz Efigénio Baptista, que António Carlos do Rosário é quem lhe fez chegar o projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
A audição do réu Gregório Leão, que à data dos factos era Director Geral do SISE, foi marcada pela recusa do réu em responder algumas questões-chave formuladas pelo Ministério Público, alegando segredo do Estado.
O réu Gregório Leão declinou, por vezes, responder ao interrogatório do Tribunal, sob pretexto de defesa da Pátria e respeito à Constituição da República de Moçambique.
Esta posição, que foi sustentada ainda pelo seu advogado, Abdul Gani, levou o juiz da Causa, Efigénio Baptista, a explicar que a presença do réu em tribunal se deve às provas indiciárias do Ministério Público sendo por isso que Gregório Leão está a ser julgado.
Ainda no decurso do interrogatório, o réu Gregório Leão assumiu, em alguns momentos, uma postura de confrontação com o Tribunal.
Confrontou por exemplo, a magistrada do Ministério Público, Sheila Marrengula, quando esta perguntou ao réu Gregório Leão se a sua esposa Ângela Leão, lhe teria falado sobre os administradores da empresa MULEPE e respectivos sócios, sendo um deles.
Para além de confrontar a Magistrada do Ministério Público, o réu Gregório Leão começou a colocar algumas perguntas.
Para o comentarista da Rádio Moçambique, Elísio de Sousa, não há vontade do réu em ajudar o Tribunal, no processo de produção de provas. (RM)
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