Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido exortaram as autoridades líbias a fixar uma nova data para as eleições presidenciais, que se realizariam, esta sexta-feira, e advertiram que "exigirão responsabilidade" contra aqueles que ameaçam este processo.
"Exortamos as autoridades líbias em questão a respeitarem o desejo do povo líbio de realizar eleições rapidamente, fixando, o mais rapidamente possível, uma data definitiva para a votação e publicando, sem mais demoras, a lista final de candidatos", afirmou a declaração conjunta, divulgada ontem pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
A Comissão Eleitoral Suprema da Líbia propôs na quarta-feira o adiamento das eleições, as primeiras presidenciais na história da antiga colónia italiana, devido ao conflito entre os ramos político e judicial do poder sobre a nomeação de candidatos.
Tudo isto no meio de tensões crescentes que ameaçam o acordo de cessar-fogo negociado há mais de um ano pela Rússia e Turquia, que abriu as portas a um novo processo de paz e reconciliação patrocinado pela ONU.
Na sua declaração desta sexta-feira, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido felicitaram, no entanto, a Comissão Eleitoral Suprema Líbia "pelos preparativos técnicos e logísticos" que foram aprovados pela última vez na conferência internacional em Paris, a 12 de Novembro.
As cinco potências advertiram também que "responsabilizariam" indivíduos ou entidades "dentro ou fora do país" que obstruam o processo eleitoral, numa mensagem que alude à influência russa e turca na Líbia.
Aqueles que interferem "podem ser colocados na lista do comité de sanções das Nações Unidas, tal como estabelecido na resolução 2571 do Conselho de Segurança", disseram.
Até agora, as múltiplas tentativas para estabilizar a Líbia, um país rico em hidrocarbonetos e uma rota chave para a migração irregular para a Europa, não foram bem-sucedidas desde o derrube e assassínio do ditador Muammar al-Gaddafi, em 2011.
Na sua nota, Berlim, Washington, Paris, Roma e Londres elogiaram o trabalho do Conselheiro Especial da ONU para a Líbia, Stephanie Williams, neste país do norte de África. (RM)
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