Milhares de pessoas marcharam hoje pela capital da República Checa para protestar contra a obrigatoriedade da vacinação covid-19 para certos grupos e classes profissionais.
Os manifestantes reuniram-se na Praça Wenceslas, no centro de Praga, para questionar a eficácia das atuais vacinas e rejeitar a vacinação de crianças antes de marcharem pela capital, gritando "liberdade, liberdade".
O protesto em Praga aconteceu após manifestações semelhantes realizadas no sábado em várias cidades checas, mas que tiveram menor dimensão.
No início de Dezembro, o anterior governo da República Checa decidiu determinar a vacinação obrigatória para a faixa etária de 60 anos ou mais, além de pessoal médico, policias, bombeiros e estudantes de medicina.
A ordem deve entrar em vigor em Março, mas ainda pode ser anulada.
O executivo do ex-primeiro-ministro Andrej Babis foi substituído no final de Dezembro por um novo governo formado por cinco partidos que venceram as eleições parlamentares de Outubro, em que o primeiro-ministro é Petr Fiala.
O novo executivo opôs-se à ordem de vacinação para idosos e estava pronto para anular a decisão, mas não descartou que ainda pudesse ser obrigatória para alguns, dependendo do desenvolvimento da pandemia. O Governo deve anunciar a sua decisão sobre o assunto até meados de Fevereiro.
As autoridades de saúde checas preveem que a nova variante Ómicron do coronavírus, de rápida propagação, se torne dominante no país na próxima semana.
Com 10,7 milhões de habitantes, a República Checa tem 6,7 milhões de pessoas consideradas totalmente vacinadas contra a covid-19, enquanto mais de 2,8 milhões receberam uma dose de reforço.
A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em Novembro. (RM /NMinuto)
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