Outros membros do Governo estiveram também nas mãos "dos agressores", mas já terão sido libertados. Há ainda a registar pelo menos quatro feridos.
O presidente da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, encontra-se detido por homens armados que terão encetado um golpe de Estado no Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros.
De acordo com informações avançadas pela BBC, que cita um jornalista local, além do presidente, também os ministros que se encontravam em Conselho de Ministros estão cercados.
Para já, toda esta informação carece de confirmação oficial, visto que ainda não foi comunicado nada sobre o paradeiro do presidente e primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Há, por enquanto, apenas suposições não confirmadas.
O repórter Alberto Dabo disse à rádio BBC Focus África que, de acordo com "fontes confiáveis", o presidente e membros do governo "estão no palácio [do governo] nas mãos dos agressores". Os membros do Governo foram entretanto libertados.
A ONU e os líderes regionais já condenaram o ataque que está a lançar o caos na capital e exigiram que as instituições democráticas fossem respeitadas. Há ainda indicação de que pelo menos um polícia tenha sido morto.
Segundo fonte do Hospital Simão Mendes, em Bissau, à agência Lusa, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas na sequência da tentativa de golpe de Estado. De acordo com a mesma fonte, todos os feridos foram transportados do Palácio do Governo para aquele hospital, sendo que três são ligeiros e um está em estado grave.
De referir que vários tiros de bazuca e rajadas de metralhadora junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau foram ouvidos às 15h00 de hoje, tendo sido colocado por militares um perímetro de segurança. Os militares não deixam passar civis.
Estes incidentes na capital guineense junto ao palácio governamental decorrem dias depois de uma remodelação do executivo, decidida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que foi contestada inicialmente pelo partido liderado pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam. Posteriormente, o líder do Governo disse que concordava com a remodelação feita.
Militares entraram cerca das 17h20 no palácio governamental guineense, em Bissau, e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício, atacado hoje numa tentativa de golpe de Estado.
Segundo fonte governamental, "cerca das 17h20 [hora local e em Lisboa], os militares chegaram ao Palácio do Governo e disseram aos membros do Governo para saírem" e o local ficou apenas com militares, acrescentou a mesma fonte, indicando desconhecer o paradeiro do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e do Presidente, Umaro Sissoco Embaló.
Quando começou o ataque, no decurso do Conselho de Ministros de hoje, alguns membros do Governo conseguiram fugir por um muro de vedação nas traseiras do palácio e confirmaram à Lusa que estão em segurança. (RM-NM)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.