A Companhia Nacional de Petróleo do Malawi anuncia o início, brevemente, da importação de combustíveis através do Corredor Ferroviário de Nacala.
A iniciativa, tem em vista aliviar o custo-eficácia do transporte rodoviário, desde os portos da Beira em Moçambique, Durban na África do Sul e Dar-Es-Salaam, na Tanzânia.
A maior reserva estratégica de combustíveis de Kanengo, em Lilongwe. já está ligada à rede ferroviária de Nacala, a norte de Moçambique e trabalhos de conclusão do troço Mchinji – Salima estão a 92% de execução para ligar a reserva de combustível de Blantyre, o maior centro comercial do Malawi.
A vice-presidente executiva da Companhia Nacional de Petróleo do Malawi, Hellen Buluma, assegurou que após a conclusão do trabalho, Malawi passará a ser um dos maiores utentes do porto de Nacala para a importação de combustíveis.
Hellen Buluma explicou que actualmente os corredores rodoviários da Beira, Durban e Dar-Es-Salaam têm acarrectado custos elevados ao Malawi, devido a capacidade limitada dos camiões.
O Malawi paga a cada quilómetro 10 dólares por tonelada contra 7 dólares, preço médio estabelecido na região da SADC.
O elevado custo de transporte, afecta a competitividade económica do Malawi, daí a mudança de estratégias de negócios, da Beira, Dar-es-Salam e Durban para Nacala.
São cerca de dois mil e trezentos quilómetros, a distância que separa a cidade de Blantyre à Durban na África do Sul assim como à Dar-es-Salam na Tanzânia, contra novecentos e sessenta do porto de Nacala.
Sendo a economia do Malawi de pequena dimensão, e com um crescimento lento por estar concentrado a um pequeno número de produtos rentáveis, o porto de Nacala é visto como alternativa para aliviar o preço dos combustíveis em detrimento de Durban e Dar-es-Salam.
Actualmente no Malawi, o litro de gasolina custa 95 meticais e o gasóleo 90 meticais, o que precipita a inflação dos produtos da primeira necessidade.
Cerca de 17% das exportações e importações de carga contentorizada e 13% de carga a granel que transita através do porto da Beira, pertence ao Malawi.
Actualmente, o porto de Nacala movimenta 7% do peso da carga contentorizada e a granel. (RM Blantyre)
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