O Presidente da Ucrânia convidou, este domingo, o seu homólogo norte-americano a visitar Kiev nos próximos dias, alegando que isso seria um "sinal poderoso" para aliviar a tensão devido à ameaça de um ataque militar russo.
Estou convencido de que sua chegada a Kiev nos próximos dias, que são cruciais para estabilizar a situação, será um sinal poderoso e contribuirá para a desescalada" da tensão, disse Volodymyr Zelensky a Joe Biden numa conversa telefónica de quase uma hora que decorreu na tarde deste domingo,, citada pela agência EFE.
De acordo com a Presidência ucraniana, os dois chefes de Estado discutiram a situação de segurança na Ucrânia, face ao destacamento de mais de 100 mil soldados russos junto à fronteira do país e trocaram informações sobre a ameaça da Rússia de uma eventual invasão.
Segundo a mesma fonte, os líderes ucranianos e norte-americano também reafirmaram a unidade de posições sobre a "importância de continuar os esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz" para o leste da Ucrânia e restaurar a estabilidade na zona.
Segundo a Casa Branca, na conversa de ontem, Joe Biden reiterou o seu compromisso com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia face a um eventual ataque da Rússia e garantiu que os Estados Unidos responderão de forma "rápida e decisiva", em conjunto com os seus aliados, a uma eventual agressão militar.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho.
Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer "a qualquer momento" e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente.
Desde então, dezenas de governos, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia.
A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.
Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997.
Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências. (RM /NMinuto)
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