Barreiras não tarifárias impedem implementação da Área de comércio Livre em África

Publicado: 15/02/2022, 8:02
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A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) considera que as barreiras não tarifárias, impedem a implementação com sucesso da Área de Livre Comércio Continental Africana.

 

Na visão da SADC às barreiras não tarifárias, devem ser eliminadas para catalisar o comércio interno, tanto a nível regional quanto continental.

Falando na conferência de alto nível das partes interessadas da União Africana sobre a área de Livre Comércio Continental Africana, realizada na cidade de Lilongwe, no Malawi, o Secretário Sxecutivo da SADC, afirmou que para se alcançarem os objectivos preconizados e seus benefícios, a implementação desta estratégia vai requerer trabalho duro, determinação e foco.

Elias Magosi disse ser essencial que os estados membros da SADC, tomem nota da importância de uma transformação estrutural robusta, à medida que se busca a implementação desta nova estratégia comercial.

Para Magosi, a base industrial limitada da maioria dos países africanos, que dependem do comércio de bens primários principalmente da agricultura e indústria extractiva, além de instalações precárias que dificultam a facilitação do comércio em toda a África, são de entre vários factores que podem limitar a obtenção dos benefícios neste novo acordo comercial.

O chefe de missão da União Africana para o gabinete regional da África Austral, Jean Pierre, classificou o acordo de Área de Livre Comércio Continental Africana como um dos projectos emblemáticos da Agenda 2063 e uma das pedras angulares da integração de África.

Pierre afirmou que esta iniciativa comercial, diversificará o comércio intra-africano, pois aumentará a proporção de bens industriais para bens extractivos e recursos naturais, a favor de bens industriais.

O coordenador residente interino das Nações Unidas, Rudolf Schwenk, disse que para explorar com sucesso as oportunidades que este acordo comercial oferece, Malawi e muitos outros países da região precisam continuar a tornar as suas indústrias mais competitivas.

Ele disse que os países precisam construir uma base produtiva competitiva, que produza bens e serviços que possam competir no mercado internacional em várias dimensões.

O acordo da Área de Livre Comércio Continental Africana, criará um mercado único de bens e serviços para cerca de 1,2 bilião de pessoas, aumentará o comércio entre as nações africanas e criará um produto interno bruto de mais de 2,5 triliões de dólares em todos os 55 Estados membros da União Africana.

Com a sua total ratificação, tornar-se-á na maior área de livre comércio do mundo, desde a criação da Organização Mundial do Comércio. ( RM Blantyre)

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