O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, garantiu hoje que o seu país não "capitulará" a Moscovo, denunciando o alerta das forças de dissuasão nuclear russas como uma tentativa de "pressão".
"Não nos vamos render, não vamos capitular, não vamos ceder um único centímetro do nosso território", disse Kouleba, durante uma conferência de imprensa 'online'.
Referindo-se às conversas planeadas com Moscovo na fronteira ucraniana-bielorrussa, Dmytro Kouleba assegurou que os ucranianos estavam a ir para lá "para ouvir o que a Rússia vai dizer".
"O que estamos prontos para discutir é como parar a guerra e acabar com a ocupação dos nossos territórios", prosseguiu.
Segundo o chefe da diplomacia, a decisão de Vladimir Putin de colocar hoje as forças de dissuasão nuclear russas em alerta máximo é "uma tentativa de pressionar a delegação ucraniana".
No caso de uma guerra nuclear, "será uma catástrofe para o mundo", mas essa ameaça "não nos quebrará", concluiu Kouleba.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.(RM /NMinuto)
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