Preocupações em torno da informação sobre o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, o ressurgimento da Junta Militar da Renamo e o estágio do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR), marcaram, esta segunda-feira, a abertura da quinta sessão ordinária do Parlamento.
O chefe da bancada parlamentar de Frelimo, Sérgio Pantie, criticou informações sobre a nomeação de um sucessor de Mariano Nhongo.
"Com preocupação, tomamos conhecimento de que a Junta Militar da Renamo nomeou um novo líder, sinal de que pretende continuar pelo caminho do saque, da matança, dos assassinatos e da destruição de infra-estruturas económicas importantes para o nosso desenvolvimento", enfatizou Sérgio Pantie.
Pantie considerou prioritária a restauração da paz em Cabo Delgado, saudando os avanços alcançados pelas forças governamentais de Moçambique, Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no combate aos grupos armados.
O chefe da bancada parlamentar da Renamo, Viana Magalhães mostrou- se indignado com o reagrupamento da Junta Militar.
-“E aqui ouso perguntar, quem ganha havendo uma Renamo desintegrada, e dividida” ?
Afirmou que a questão do terrorismo, em Cabo Delgado, constitui preocupação do Partido e de todo o povo moçambicano.
Declarou ser reconfortante que as forças governamentais estejam a reconquistar, progressivamente, áreas que haviam sido ocupadas pelos grupos armados em Cabo Delgado, mas considerou preocupantes notícias de novos ataques armados dos insurgentes.
Por sua vez, o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, solicitou maior atenção em relação ao processo DDR.
“A essa situação, o processo DDR deve ser discutida sem preconceitos de forma inclusiva, envolvendo toda a sociedade”, disse.
Apelou ao Governo maior pressão militar sobre os terroristas, mas defendeu políticas de desenvolvimento a favor dos jovens, uma vez que é o desemprego que os torna vulneráveis ao recrutamento por grupos armados.
"A situação militar e de segurança das populações em Cabo Delgado continua a constituir uma preocupação nacional", enfatizou.
A solução militar, prosseguiu, por si só, não é suficiente, porque são necessárias medidas económicas e sociais para os jovens.
Na abertura da Quinta sessão do Parlamento, a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, manifestou preocupação em relação aos níveis de sinistralidade rodoviária no país.
A Quinta Sessão Ordinária tem um rol de vinte e quatro matérias, com destaque para as Informações e perguntas do governo, Informação anual do Procurador-geral da República, Propostas de Lei de Comunicação social e Radiodifusão. (RM)
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