O novo primeiro-ministro da Somália, Hamza Abdi Barre, afirmou, esta quarta-feira, que o seu governo vai lançar operações "contundentes" contra movimentos fundamentalistas como o Al-Shabab ou o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“Estamos determinados em lançar lutas enérgicas e abrangentes para combater o Al-Shabab, EI e outras organizações terroristas por meios militares e não militares", disse Barre numa reunião com representantes da União Africana (UA) em Mogadíscio, embora não tenha fornecido um cronograma para essas operações.
O primeiro-ministro apelou ainda à "intensificação das operações ofensivas conjuntas [com a missão da UA] para reabrir as principais rotas críticas de abastecimento para actividades humanitárias e comerciais e para a livre circulação de pessoas".
"Também pretendemos manter e reforçar as nossas reformas do sector financeiro para termos as ferramentas e meios de combate ao financiamento do terrorismo e limitar o seu acesso ao financiamento", sublinhou.
Da mesma forma, o chefe do governo solicitou o apoio da UA para combater "a ameaça transnacional" em África e fora do continente.
Barre tornou-se primeiro-ministro em 25 de Junho, depois de o Parlamento somali aprovar a sua nomeação por proposta do Presidente Hassan Sheikh Mohamud, vencedor das eleições de 15 de maio e que prometeu no discurso de investidura acabar com o Al-Shabab.
Este grupo fundamentalista, que se juntou à Al-Qaeda em 2012, leva a cabo com regularidade ataques em Mogadíscio e noutras partes do país para derrubar o governo central e estabelecer pela força um Estado Islâmico ao estilo wahhabi (ultraconservador).
Além disso, o Al-Shabab controla várias áreas do país, especialmente as áreas rurais no centro e no sul, e também ataca países vizinhos, como o Quénia.
O Exército somali combate os fundamentalistas com o apoio das forças da Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS, na sigla em inglês), por sua vez é apoiada pela comunidade internacional.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos. (RM /NMinuto)
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