Depois de ter negado a Ancara qualquer envolvimento no ataque, o ministério da Defesa russo veio afinal admitir que os mísseis russos destruíram um navio militar ucraniano e armas entregues por Washington.
Depois das múltiplas reacções da comunidade internacional face ao ataque deste sábado no porto de Odessa, na Ucrânia, o ministério da Defesa russo, que ontem tinha negado a Ancara qualquer envolvimento no ataque, veio afinal admitir que os mísseis russos destruíram um navio militar ucraniano e armas entregues por Washington.
"Mísseis de alta precisão e longo alcance lançados do mar destruíram um navio de guerra ucraniano ancorado e um stock de mísseis antinavio entregues pelos Estados Unidos ao regime de Kyiv", assumiu.
A porta-voz da diplomacia russa já tinha admitido hoje que mísseis russos destruíram a infra-estrutura militar do porto de Odessa, essencial para a exportação de cereais ucranianos.
Os ataques denunciados pela Ucrânia suscitaram a condenação da União Europeia, dos EUA e da Organização das Nações Unidas (ONU), garantes do acordo alcançado na sexta-feira em Istambul para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais presos nos portos do Mar Negro.
O Governo ucraniano acusou a Rússia de "cuspir na cara" da ONU e da Turquia com o ataque, e, num comunicado citado pelo portal oficial Ukrinfrom, de Kiev, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirma que a Rússia deve assumir "toda a responsabilidade" se o acordo alcançado na sexta-feira em Istambul, entre Kyiv e Moscovo, for quebrado.
A Turquia, que ajudou a intermediar o acordo, declarou imediatamente que recebeu garantias de Moscovo de que as forças russas não eram responsáveis pelo ataque.
De acordo com as autoridades da região de Odessa, os ataques fizeram vários feridos e danificaram a infra-estrutura portuária. (RM /NMinuto)
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