Na África do Sul, o caso de corrupção que envolve o antigo presidente do país, Jacob Zuma, é retomado hoje no Tribunal Superior de Pietermaritzburg, na província de Kwazulu-Natal.
O dia de hoje será apenas para avaliar a viabilidade do 15 de Agosto, como data efectiva do arranque do julgamento.
Mas é pouco provável que tal aconteça, na medida em que o Tribunal Constitucional, pelo menos publicamente, ainda não se pronunciou em torno de um recurso apresentando pelo antigo presidente sul-africano.
Em Maio passado, o juiz da causa determinou que a 1 de Agosto seria avaliado, se Jacob Zuma já esgotou, ou não, todas as possibilidades de recurso, na tentativa de afastar do caso, o procurador Bill Downer.
Na altura estava pendente a decisão do Supremo tribunal de apelação sobre a matéria. No mesmo mês de Maio, esta instância chumbou a pretensão de Jacob Zuma.
A equipa jurídica de Zuma recorreu, em meados de Junho último ao Tribunal Constitucional, cujo posicionamento é desconhecido.
Portanto tudo leva a crer que a sessão de hoje será meramente formal, sendo quase certo, um novo adiamento do caso.
Alias, a Fundação Jacob Zuma informou que o seu patrono não vai marcar presença na sessão agendada para esta segunda-feira.
O mesmo deve acontecer com a empresa francesa Thales, ré no mesmo processo
Com o ano de dois mil e vinte e dois a caminhar a passos largos para o fim, não se pode pôr de lado a possibilidade de o julgamento iniciar no próximo ano.
Este caso remonta de 1999, quando Zuma era vice-presidente da África do Sul e do ANC. Ele é acusado, entre outros, de corrupção, fraude fiscal e extorsão, num caso de compra de armas.
A procuradoria sul-africana chegou a retirar as acusações contra Zuma, em 2009, na véspera das eleições presidenciais sul-africanas, ganhas pelo antigo presidente.
As acusações foram retomadas, mas o inico do julgamento sempre foi adiado ( RM Pretória)
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