Malawi lança em Novembro próximo, a primeira vacina oficial contra a malária para crianças dos zero aos cinco anos de idade.
O lançamento destes imunizantes, torna o Malawi no primeiro país do continente africano a administrar oficialmente a vacina contra a malária.
A vacina RTS,S, que foi testada em Gana, Quénia e Malawi, levou mais de 30 anos para ser desenvolvida.
Embora possua um nível relativamente baixo de eficácia, o imunizante alimenta esperanças de salvar mais de 400.000 pessoas que morrem anualmente pela doença, transmitida por mosquitos.
Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde vacinou na fase piloto, 360.000 crianças por ano no Malawi, Gana e Quénia.
A ministra da saúde do Malawi, Khumbize Chiponda, anunciou que a decisão do lançamento da vacina no próximo mês, foi tomada após discussões entre o presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, e representantes da PATH, uma organização global de saúde sem fins lucrativos, aquando da deslocação do presidente malawiano nas duas últimas semanas à Nova York, nos EUA.
A vacina tem cerca de 30% de eficácia e requer quatro doses.
Para os activistas da saúde o lançamento desta vacina é uma boa nova para o país, pois, pelas estatísticas, a malária é tão endémica na faixa etária menor de cinco anos.
Maziko Matemba, um dos activistas de saúde disse que a eficácia de 30% não é motivo de preocupação, pois nem todas as vacinas são 100% eficazes.
As estatísticas mostram que a malária é responsável pela morte de 36% de todos os pacientes ambulatórios e 15% das admissões hospitalares.
Apesar de a sua taxa de eficácia ser relativamente baixa, alguns cientistas afirmam que a vacina terá um grande impacto contra a malária em África, que regista 200 milhões de casos e 400 mil mortes por ano. (RM Blantyre)
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