O Painel Independente que investiga o caso de roubo de avultadas somas de dinheiro, na fazenda do presidente Cyril Ramaphosa, entrega seu relatório na manhã desta quarta-feira ao parlamento sul-africano.
Reina muita expectativa em torno do que vai dizer o painel independente sobre se há ou não matéria para o início ou não do processo que pode culminar com o afastamento de Ramaphosa do cargo de chefe de estado.
Em bom rigor, o futuro político de Cyril Ramaphosa, que almeja mais um mandato, na direcção do Congresso Nacional Africano, passa por este relatório. As eleições internas estão agendadas para a conferência nacional do ANC, que arranca dia dezasseis de Dezembro próximo.
Devido ao interesse público em torno do relatório e sobretudo depois de o prazo de entrega ter sido alargado por mais treze dias, o Painel decidiu que a cerimónia desta manhã seja pública.
Curiosos ficaram ainda os sul-africanos, esta terça-feira, quando a polícia de elite e de investigação criminal anunciou que obteve sessenta e oito declarações em conexão com o caso de roubo de dinheiro, na fazenda de Phala Phala. Esta unidade da polícia assegurou que as investigações deste caso ainda continuam.
No passado, Jacob Zuma sobreviveu a processos de destituição, no caso de uso indevido de dinheiro para as obras da sua casa em Nkandla, mas num formato diferente deste.
Com base na mudança de regras, é a primeira vez que se estabelece um painel independente. No entanto lá mais adiante serão necessários dois terços para fazer avançar o processo, em caso de necessidade.
O maior partido na oposição, a Aliança Democrática, já disse que vai pressionar para o estabelecimento de uma comissão ad-hoc do parlamento para investigar o assunto, caso o painel independente não recomende nenhuma acção contra Cyril Ramaphosa.
Este sempre disse que não violou nenhuma lei (RM)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.