Ministério sul-africano dos Assuntos Internos recusa entrada de vinte e dois afegãos que pedem asilo, alegando fugir dos Talibã.
Esta posição contraria uma ordem judicial do Tribunal Superior de Pretória, emitida na sexta-feira, e que obriga o governo sul-africano a conceder asílo aos cidadãos afegãos.
A história começa em dois mil e vinte um quando os 22 afegãos requerem asilo às autoridades sul-africanas, alegando estarem a ser perseguidos e ameaçados de morte pelos talibã. Pretória recusou o pedido.
Curiosamente, os afegãos solicitaram o apoio de uma organização norte-americana, a The Lifeline Foundation, que acabou conseguindo tal ordem judicial.
Mesmo com esta ordem, Pretória não permite a entrada dos afegãos e decide contestar o caso nos tribunais.
Para convencer o Tribunal, os afegãos apresentaram uma carta escrita em árabe que dizem ser uma sentença de morte emitida pelos talibã.
O Ministro do Interior disse, esta terça-feira, que permitir a entrada de cidadãos afegãos, na África do Sul, pode representar um risco, tendo em conta que estes cidadãos deixaram o Afeganistão devido a disputas com os talibã.
Aaron Motsoaledi acusa a Organização norte-americana The Lifeline Foundation de tentativa de minar e emboscar a soberania da África do Sul.
Sobre o assunto, o Ministério das Relações Exteriores já tinha dito que há outros países para os quais os requerentes de asilo afegãos poderiam ter ido.
Ontem, o Tribunal Superior de Pretoria remarcou o caso de pedido urgente, apresentado pelos afegãos, para sete de Março, havendo a possibilidade de o mesmo ser analisado antes desta data. Enquanto isso, o grupo afegão está, neste momento, estacionado na cidade de Harare. ( RM Pretória)
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