Devastado pelo ciclone Freddy: Malawi estende pedido de apoio a países Ocidentais

No Malawi, o Presidente Lazarus Chakwera estende o pedido de apoio aos países ocidentais, para ajudar o seu país a recuperar dos efeitos devastadores do ciclone Freddy, que deixou mais de dois milhões e duzentas mil pesssoas da região sul do Malawi, sem alimentação.

O pedido de Chakwera foi lançado, esta quinta-feira, na Cimeira virtual sobre a democracia, presidida pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com a presença dos chefes de estado do Malawi, Ucrânia, Moldávia, Panamá, Níger, Equador, Eslováquia e Dinamarca.

Segundo o estadista malawiano, deve ser dever moral dos países do ocidente apoiarem incondicionalmente o Malawi, pelo facto de estar a ser vítima das acções humanas provocadas pelos outros países que mais poluem o ambiente.

O presidente do Malawi que agradeceu a ajuda inicial encaminhada, não só pelos países do ocidente mas também de África, reiterou que chegou a hora da implementação da justiça climática global, pois os que menos poluem o ambiente, são os que mais estão a sofrer com os efeitos climáticos.

Dados recentes divulgados pelo comissário do Departamento de gestão de risco de desastres, Charles Kalemba, ilustram que cerca de 883 mil agregados familiares, perderam as suas casas estando neste momento a viver ao relento.

O número de mortos subiu de 511 para 676.

Kalemba explicou serem escassas as chances de encontrar outras pessoas que continuam desaparecidas, tendo afirmado que a polícia irá declarar nos próximos dias o fim do processo de resgate de pessoas.

No que tange as infra-estruturas, os novos números apontam para cerca de 405 quilómetros de estradas danificadas, 63 instalações de serviços de saúde e 944.784 instalações de água, saneamento e higiene destruídos, total ou parcialmente.

No distrito de Karonga na região norte do país, outro ponto assolado pelas cheias, dez mil e duzentos hectares de arroz foram destruídos, afectando oito mil famílias. (RM Blantyre)