Malawi. Falta de divisas volta a provocar crise de combustível

Falta de divisas volta a provocar crise aguda de combustível no Malawi.

A situação que prevalece há duas semanas, é caracterizada por longas filas nas gasolineiras.

O governo, explica que a falta de divisas atrasou o processamento de contratos de fornecimento de combustível no ano 2023/24, daí a crise que se instalou no país.

O ministro da Informação e Digitalização, Moses Kunkuyu, deu a conhecer que membros do conselho de ministros do Malawi, se deslocaram à Tanzânia para negociar junto do governo local para que libertasse o combustível pendente no porto de Dar-Es-Salam para um pagamento a posterior.

Kunkuyu tranquilizou que as negociações foram bem-sucedidas e o país poderá voltar a ter um abastecimento normal até a próxima quarta-feira.

Entretanto, o ministro da Informação e Digitalização garantiu que pelo menos 494 mil litros de combustível foram recebidos, este domingo, para serem distribuídos pelo país.

Assegurou igualmente que 1.3 milhões de litros de combustível estão a ser transportados a partir do Porto da Beira, em Moçambique, que deverão chegar ao país dentro de dois dias.

Outros 5.5 milhões de litros de combustível estão a chegar no porto de Dar-es-Salaam, prevendo-se que cheguem ao país a partir desta segunda-feira.

Ainda no Malawi, a Aliança Global de Vacinas, doou 1,4 milhões de vacinas orais contra a cólera, numa tentativa de travar a propagação do surto que já causou 1. 756 óbitos.

Esta ajuda, surge numa altura em que o Malawi está com parte da infra-estrutura de saúde danificada e com muitas comunidades expostas ao risco de contraírem a cólera, depois que  o ciclone Freddy devastou a região sul do país.

A OMS, viu-se obrigada a estender mais uma ajuda em vacinas contra a cólera ao Malawi,  pois a interrupção nos sistemas de saneamento, ameaça o progresso feito no controle desta epidemia.

A ministra da saúde, Khumbize Kandodo Chiponda enalteceu o gesto da OMS tendo afirmado que a vacina contra a cólera, é uma ferramenta adicional crítica que vai reforçar as estratégias de controle da doença nas comunidades vulneráveis. (RM Blantyre)