Mais de 3.7 milhões de pessoas no Malawi, poderão passar fome este ano, devido as condições climáticas extremas, exacerbadas pelo ciclone tropical Freddy.
O número, representa 19,35% da população do Malawi.
A fraca colheita e a inflação alta que está a reduzir o poder de compra das famílias, entre outros factores, são apontadas como causas da insegurança alimentar, indica um relatório global de 2023 sobre crises alimentares.
Os conflitos, choques económicos e condições climáticas extremas, bem como a falta de apoio social, concorrem para a deterioração da segurança alimentar das famílias e aumentam a dependência de ajuda externa.
O relatório refere ainda que, na ausência de iniciativas bem-sucedidas de recuperação e desenvolvimento, haverá uma necessidade perpétua de acção humanitária e um risco crescente de se transformar em uma emergência alimentar.
Em Fevereiro deste ano, antes do ciclone Freddy atingir o Malawi, o ministério da Agricultura projectava uma produção de 3.56 milhões de toneladas métricas do grão básico, uma quantidade que não será atingida.
A situação, será agravada pelo aumento de preços dos alimentos sobretudo o trigo, milho e girassol fornecidos pela Ucrânia, e em escassez global, provocada pela guerra Rússia-Ucrânia.
Os preços médios nacionais do milho atingiram novos recordes históricos em Janeiro deste ano.
O Relatório Global sobre Crises Alimentares exorta ao governo a agir, pois as famílias já não conseguem atender às suas necessidades alimentares mínimas.
“A intervenção precoce pode reduzir as lacunas alimentares e proteger bens e meios de subsistência a um custo menor do que a resposta humanitária tardia”, diz o documento.
O director-executivo da Associação de Consumidores do Malawi, John Kapito, pediu ao governo que proteja os pobres, entre outros, implementando programas sociais de transferência de renda e incentivando a prática da segunda época.
O presidente Lazarus Chakwera disse que os danos e perdas originadas pelo ciclone Freddy excederam 500 milhões de dólares. (RM Blantyre)
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