Cólera continua a matar na África do sul

Subiu para quarenta e sete o número de mortes por cólera na África do Sul.

A actualização foi feita, esta quarta-feira, pelo Ministério sul-africano da Saúde ao anunciar a ocorrência de mais quatro óbitos, por cólera, na província de Free State.

No entanto, as autoridades sanitárias evidenciam que, nos últimos dez dias, a África do Sul está a testemunhar ao declínio do número de casos confirmados de cólera.

Neste período, nas cinco províncias afectadas, foram confirmados vinte e oito casos de cólera.

Entretanto, o Ministério sul-africano da Saúde alerta que o país ainda não está livre do surto de cólera e, por isso, exorta para  a observância de medidas de higiene pessoal e colectiva.

Dados disponíveis apontam que  desde a eclosão do surto, em Fevereiro passado, foram registados  cerca de mil e cem casos suspeitos de cólera, sendo que destes foram confirmados duzentos.

O surto de cólera atinge as províncias de Free State, Limpopo, Mpumalanga, North Wets e Gauteng, a região com mais casos da doença e de mortes.

Em finais de Junho passado, o Ministério da Saúde revelou que em grande parte os casos positivos de cólera estavam ligados a reuniões sociais. No entanto, ainda não foi tornado público o relatório da investigação em torno das causas do surto de cólera.

Também o mês passado, o presidente Cyril Ramaphosa visitou Hammaskraal,  zona mais afectada em Gauteng, onde reconheceu que o governo falhou nas medidas de  prevenção.

A África do Sul registou os dois primeiros casos de cólera em Fevereiro deste ano, numa altura em que já havia relatos de surtos da doença em Moçambique e no Malawi.

Os dois países integram a lista dos  mais afectados em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). (RM)