Oito seguranças do vice-presidente sul-africano, acusados de agressão na via pública, vão ser ouvidos em audiência, pelo Tribunal de Randburg, esta segunda-feira.
Esta será a primeira aparição dos seguranças de Paul Mashatile desde o registo dos factos, nos princípios de Julho corrente.
Os oito foram detidos, este domingo, pela Direcção de investigação da polícia independente e devem responder, entre outros, pelos crimes de agressão, danos maliciosos á propriedade alheia e intimidação com arma de fogo.
Após o vazamento do chocante vídeo nas redes sociais, no qual os seguranças do vice-presidente da África do Sul aprecem a agredir três pessoas, eles foram suspensos da polícia e só este domingo foram detidos.
O porta-voz da unidade policial de investigação independente, Robbie Raburabu, disse a jornalistas que a detenção e acusação dos oito é o culminar de um longo processo de investigação, que ainda prossegue:
“Estamos quase lá com as investigações. Podemos estar entre setenta e oitenta por cento. A restante percentagem vamos atingi-la á medida que avançamos com as investigações. Os investigadores falaram com as vítimas, obtiveram depoimentos delas o que nos ajudou a abrir o caso” , disse.
Mais tarde ficou a saber-se que as três vítimas agredidas eram membros das forças armadas da África do Sul.
Apesar de várias críticas, sobretudo de partidos políticos na oposição, o gabinete do vice-presidente da África do Sul condenou o uso desnecessário da força contra pessoas desarmadas, por parte dos seguranças de Paul Mashatile.
Ainda este domingo, a Organização dos Direitos Civis na África do Sul saudou a detenção dos seguranças do vice-presidente e pediu que o Tribunal rejeitasse qualquer pedido de pagamento de fiança.
A África do Sul tem um histórico de relatos sobre a brutalidade policial.
Nos últimos dois anos, a unidade de investigação da conduta policial diz ter registado perto de três mil e quinhentas queixas sobre o comportamento da polícia, ou seja dez queixas por dia.
A Unidade Policial de Protecção de altas individualidades, na África do Sul, tem sido acusada de usar a força de forma desnecessária. (RM Pretória)
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