Terminou, esta quinta-feira, a 43ª Cimeira ordinária dos Chefes de estado e de governo da Comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC) que vinha decorrendo na capital angolana, Luanda.
O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, disse esperar que a materialização das decisões tomadas na Cimeira de Luanda, contribua para o crescimento dos países do bloco regional.
Flipe Nyusi sublinhou ainda que um dos aspectos positivos que marcou a cimeira de Luanda é que o novo presidente em exercício da SADC, João Lourenço, faz uma abordagem integrada sobre os desafios da comunidade.
“A própria participação significa a importância que os países membros da SADC dão a esta Organização, que tem sido, sobremaneira, uma referência. Temos que dar para o desenvolvimento e para o bem-estar dos nossos povos”, disse.
Entretanto, o Presidente angolano, João Lourenço, que é desde hoje o presidente em exercício, até Agosto de 2024, da SADC, destacou a necessidade da contribuição financeira "para a organização conseguir levar em diante todas as iniciativas", visando a concretização dos compromissos prioritários no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.
Em conferência de imprensa, João Lourenço fez um balanço positivo da cimeira e apontando maiores preocupações da SADC; a aposta no capital humano, "na juventude, na mulher, no homem no sentido mais lato", para assegurar o empenho nos próximos anos com bastante seriedade da industrialização da região e do continente.
"Para isso comprometemo-nos em mobilizar recursos para investir nas infra-estruturas, estradas, caminhos-de-ferro, portos, aeroportos, mas sobretudo investir em dois bens essenciais que são condição fundamental para que se possa falar em industrialização, que são a maior oferta de água e de energia", disse João Lourenço.
O presidente em exercício da SADC salientou que o terceiro mandato que Angola assume, "é procurar cumprir com as decisões que foram tomadas de forma colectiva" e "tudo fazer para em conjunto com os outros chefes de Estado" cumprir, na medida do possível, as principais decisões tomadas na cimeira de Luanda.
A liderança política da SADC por Angola deverá ser marcada por dois focos de tensões, designadamente o conflito no leste da vizinha RDCongo e os actos de terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, onde a SADC tem uma força (SAMIM - Missão Militar da África Austral)
A SADC é um bloco económico regional formado por África do Sul, Moçambique, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Comores, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Namíbia, Eswatini, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
A 43.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo decorreu sob o lema "Capital Humano e Financeiro: Os principais Factores para a Industrialização Sustentável da Região da SADC". (RM)
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