O Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul voltaram a manifestar-se a favor da admissão de mais membros para o bloco de países de economia emergente, BRICS
Em discursos separados, os líderes do BRICS deixaram transparecer, esta quarta-feira, a unanimidade desse desejo, pese embora, nos corredores, se mencionem desacordos nos critérios de admissão de novos membros.
Mesmo a Índia que, inicialmente, mostrava-se reticente á expansão do BRICS parece que, finalmente, concorda mas exige critérios transparentes.
O posicionamento final sobre a matéria será dado a conhecer, esta quinta-feira, segundo garantias avançadas pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.
Á espera estão pelo menos vinte países que, formalmente, manifestaram a intenção de integrar o BRICS. De entre eles, estão a o Egipto, Argentina, Irão e Arábia Saudita.
O Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2015, é visto como um dos grandes atractivos para os países que querem integrar o bloco de países de economia emergente. Este banco apresenta-se como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
O Presidente Ramaphosa defende a introdução de reformas nos actuais sistemas financeiros internacionais, dominados exactamente pelas instituições da Bretton Woods, controladas pelo Ocidente.
Sobre a questão da moeda única, aparentemente os ministros das Finanças dos BRICS deverão aprofundar as discussões, sendo que o mais provável é a aceitação de cada país usar a sua própria moeda nas transacções comerciais. A referência seria feita pelo Novo Banco de Desenvolvimento.
Os líderes prometem que os países do BRICS vão trabalhar, lado a lado, no estabelecimento de um mundo multipolar, onde os países do sul-global também sejam considerados como actores principais.
Esta deverá ser a tónica das discussões desta quinta-feira entre os líderes do BRICS e do sul-global, na sua maioria provenientes do continente africano.
Entretanto, o presidente Ramaphosa quer que o BRICS tire maior proveito da área de comércio livre continental africana, vista como uma oportunidade para os países do continente retirarem da extrema pobreza cerca de trinta milhões de pessoas.
Sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, os líderes do BRICS defendem o diálogo para o fim das hostilidades. (RM Pretória)
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