Os dados divulgados pelo Unicef e Banco Mundial, revelam que as tendências globais de pobreza monetária infantil, indicam que o Malawi tem a quarta maior percentagem de crianças em pobreza extrema, depois de Madagáscar, Burundi, e Sudão do Sul.
A análise surge duas semanas depois de o Instituto Nacional de Estatística ter divulgado o Segundo Relatório do Índice de Pobreza Multidimensional, que revelou um declínio marginal na pobreza do país.
Entre os vizinhos do Malawi, a Zâmbia tem 66,7 por cento, a Tanzânia 48,6 por cento e o Zimbabwe 48 por cento.
De acordo com a análise, estima-se que 333 milhões de crianças em todo o mundo, ou uma em cada seis menores, vivem em extrema pobreza.
A directora executiva do Unicef, Catherine Russell, disse que, há sete anos, o mundo fez a promessa de acabar com a pobreza infantil extrema até 2030.
“Não podemos falhar. Acabar com a pobreza infantil é uma escolha política”, disse Russell.
O director global para pobreza e equidade do Banco Mundial, Luis-Felipe Lopez-Calva, disse ser intolerável que o mundo tenha 333 milhões de crianças a viverem na extrema pobreza, privadas não apenas de condições básicas, mas também de dignidade, oportunidade ou esperança.
Segundo ele, é mais importante do que nunca que todas as crianças tenham um caminho claro para sair da pobreza, através do acesso equitativo a educação de qualidade, nutrição, saúde e protecção social, bem como segurança.
“Este relatório deve ser um lembrete claro de que não temos tempo a perder na luta contra a pobreza e a desigualdade e que as crianças devem estar em primeiro lugar nos nossos esforços”, sublinhou Lopez-Calva.
Para acabar com a pobreza extrema e compensar o retrocesso pandémico, o Unicef e o Banco Mundial apelam aos governos e parceiros para que garantam uma atenção contínua às crianças que vivem em pobreza extrema em países de rendimentos baixos como o Malawi.
Além disso, as duas instituições apelaram aos governos para que priorizem agendas destinadas a combater a pobreza infantil, incluindo a expansão da cobertura de protecção social para as crianças, de modo a alcançar aqueles que vivem em agregados familiares extremamente pobres. (RM)
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