Debates sobre estratégias de investimento dominam encontros de negócios entre Moçambique e China

Debates sobre estratégias de investimento, sobretudo no sector industrial, estão a marcar os encontros de negócios que empresários de Moçambique e China têm estado a manter naquele país asiático.

Os empresários chineses reconhecem o valor económico das potencialidades que Moçambique oferece e mostram interesse nos sectores dos recursos minerais, agricultura e turismo.

Nesta quinta-feira, a Câmara de Comércio de Moçambique rubricou quatro acordos de cooperação com três empresas chinesas e uma associação de investimentos da província de Zhejiang.

O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que testemunhou a assinatura dos acordos, disse ser importante que a cooperação Moçambique-China estimule o sector industrial.

“O governo de Moçambique, ciente da disponibilidade de recursos naturais por explorar e transformar, associada a sua localização estratégica na SADC, que lhe conferem facilidade de acesso ao mar e aos mercados regionais e globais, o programa nacional Industrializar Moçambique (PRONAI), como um instrumento de promoção da industrialização do país. Com a implementação deste programa, pretendemos aumentar a produção industrial nacional, privilegiando a transformação na matéria-prima, a nível local”- disse Adriano Maleiane.

Segundo o Primeiro-ministro, a parte do sector da indústria, constitui sectores prioritários, para o desenvolvimento da economia nacional, a agricultura, infra-estruturas, energia, recursos minerais e turismo, de entre outros.

O Primeiro-ministro falava na abertura do Fórum de Negócios Moçambique-China, um encontro que serviu para o nosso país apresentar oportunidades de investimento.

A secretária-geral da Câmara de Comércio de Moçambique, Teresa Muhenda, partilhou algumas das potencialidades agrícolas que o nosso país dispõe, com destaque para feijões, leguminosas, cereais e tubérculos, incluindo uma variedade de citrinos, produtos pesqueiros, amêndoas, com destaque para a castanha de caju.

Para Teresa Muhenda, com estas potencialidades, Moçambique pode fazer a diferença nos crescentes desafios que existem no mercado Chinês, com as necessidades de consumo que aumentam dia-a-dia, olhando para a sua situação demográfica.

No prosseguimento da visita a República Popular da China, o Primeiro-ministro trabalha este domingo na cidade de Wenzhou, onde vai manter encontros com as autoridades locais. (RM)