Forças de Defesa do Malawi recusam-se a apresentar ao trbunal, documentos de aquisição de material bélico, envolvendo o vice-presidente do país Saulos Chilima.
Chilima é acusado de ter supostamente se beneficiado ilicitamente de 280 mil dólares, para facilitar a adjudicação do contrato de aquisição de material de guerra, entre outras actividades à empresa de Zuneth Sattar.
Durante as audiências, a equipa de defesa do vice-presidente do Malawi, pediu ao tribunal para que emitisse uma ordem judicial, solicitando as Forças de Defesa do Malawi a partilharem o contracto usado para a aquisição.
O pedido, surgiu na sequência de, o Gabinete Central de Combate à Corrupção, ter afirmado que teve dificuldades de obter os referidos documentos por parte das forças de defesa do Malawi.
O tribunal deu provimento ao pedido da defesa do vice-presidente do país, tendo convocado de imediato a direcção das Forças de Defesa do Malawi, para explicar as razões da recusa em fornecer ao Gabinete Central de Combate a Corrupção, os contractos que envolvem ilicitamente Saulos Chilima.
Os advogados de defesa exigem ainda a acta do conselho de defesa, que supostamente autorizou as Forças de Defesa a celebrarem um contracto com as empresas do empresário do Reino Unido, Zuneth Sattar, para fornecer equipamento militar.
O rol dos documentos solicitados, inclui um memorando para aquisição de veículos blindados sob chancela do Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera.
No entanto, o vice-director de contencioso civil no Gabinete Central de Combate à Corrupção, Neverson Chisiza, disse que, considerando a confidencialidade dos documentos, é legítima a posição das forças de defesa, pois mexem com questões de segurança e defesa nacional.
Afirma-se que a divulgação de documentos de aquisição de equipamento bélico no caso de corrupção em que o vice-presidente Saulos Chilimaé acusado, pode pôr em risco a segurança do país.
O juiz, Redson Kapindu, do tribunal de Crimes Financeiros, reservou a sua decisão sobre o assunto e deu as partes um prazo de dois dias para apresentarem as suas alegações por escrito.
O Vice-presidente do Malawi continua a não exercer funções delegadas pelo chefe de estado, devido a sua ligação à este caso de suborno. (RM Blantyre)
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