Como a inteligência artificial pode ajudar a combater a mudança climática

Publicado: 12/11/2023, 11:48
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Contribuições da nova tecnologia em áreas como clima, prevenção de desastres, rastreamento da poluição, neutralização de carbono e transformações nas indústrias da moda e alimentar, podem gerar enormes benefícios para a humanidade. 

Ao redor do mundo, a inteligência artificial, IA, já está presente na saúde, na educação e na indústria, mas como esta tecnologia de ponta pode ajudar a combater e mitigar os efeitos das mudanças climáticas?

O lançamento recente do Órgão Consultivo de IA liderado pela ONU impulsionou uma tendência global crescente de aproveitar a aprendizagem por máquinas para encontrar soluções para desafios comuns. 

A IA está melhorando o processamento de dados e um número crescente de governos, empresas e parceiros da sociedade civil estão trabalhando em conjunto para colher os seus muitos benefícios.

Isso inclui acelerar e intensificar os esforços para concretizar ambições globais como a Agenda 2030 e os seus 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, que servem como modelo mundial para tornar o planeta mais verde, mais limpo e mais justo.

Perante a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, COP 28, que começa no final de Novembro em Dubai, a ONU News compilou exemplos de como a IA ajuda o mundo, desde as comunidades às empresas e aos legisladores, a enfrentar as alterações climáticas:

As tecnologias baseadas em IA oferecem capacidades até então inéditas para processar enormes volumes de dados, extrair conhecimentos relevantes e melhorar modelos preditivos, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, OMM.

Isso significa uma melhor modelização e previsão de padrões de alterações climáticas que podem ajudar as comunidades e as autoridades a elaborar estratégias eficazes de adaptação e mitigação.

Várias agências da ONU apoiam comunidades vulneráveis ​​no Burundi, no Chade e no Sudão através de um projecto orientado pela IA para investigar alterações ambientais passadas em torno de pontos críticos de deslocamento. Além disso, a tecnologia apresenta projecções futuras para informar medidas de adaptação e acções antecipadas que precisam integrar o planeamento das intervenções humanitárias.

Em campo, os dados aperfeiçoados podem ser uma virada de jogo. Por exemplo, a aplicação MyAnga ajuda os pastores quenianos a se prepararem para a seca. Com dados de estações meteorológicas globais e satélites enviados para os seus telefones, os pastores podem planejar com antecedência, gerir melhor o seu gado e poupar horas de busca por pastagens verdes.

À medida que os desastres climáticos extremos acontecem com mais frequência e intensidade, a IA pode ajudar comunidades em todo o mundo a se prepararem melhor.

As iniciativas impulsionadas pela IA visam áreas de alto risco e contribuem para planos de resposta locais e nacionais. Para áreas susceptíveis a deslizamentos de terra, por exemplo, o mapeamento pode ajudar as autoridades locais a planejar e implementar medidas de desenvolvimento sustentável, reduzir riscos e garantir a segurança dos residentes em comunidades vulneráveis.

Desenvolvimentos relacionados com IA e robótica estão entre as ferramentas identificadas em um projecto recente liderado pela OMM, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e pela União Internacional de Telecomunicações, UIT. 

De acordo com a OMM, que opera um programa de redução do risco de catástrofes e um sistema de alerta precoce multirriscos que serve países, comunidades e agências humanitárias, a IA está ajudando em áreas como aumento da precisão das previsões meteorológicas e mitigação mais eficiente de riscos. 

Aproveitar os benefícios da IA ​​também faz parte da iniciativa inovadora de “Alertas Antecipados para Todos” do secretário-geral da ONU. 

Lançado no início deste ano, o plano de acção busca garantir que todas as pessoas no planeta estejam protegidas contra eventos meteorológicos, hídricos ou climáticos perigosos através de sistemas de alerta precoce até ao final de 2027.

A inteligência artificial pode ter um papel importante nesses sistemas que buscam minimizar os impactos de eventos climáticos extremos.

Você já se perguntou de onde vêm os relatórios de qualidade do ar urbano? Cidades ao redor do mundo já monitoram a poluição para alertar a população em casos de níveis perigosos.

Utilizando a IA, os mapas de susceptibilidade podem apoiar os governos locais na tomada de decisões para melhorar a saúde pública e a resiliência das cidades.

Além disso, a IA pode melhorar o planeamento urbano, bem como a gestão do tráfego e dos resíduos, tornando as cidades mais sustentáveis ​​e habitáveis. (RM-ONU News)

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