O Governo norte-americano anunciou, esta quarta-feira, um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 250 milhões de dólares, a última parcela disponível enquanto o Congresso dos Estado Unidos continua a bloquear um novo apoio a Kiev.
Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, detalhou que o último pacote de ajuda de 2023 conta com munições de defesa aérea, outros componentes do sistema de defesa aérea e munições adicionais para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade.
O pacote de ajuda, de 250 milhões de dólares (225 milhões de euros, à taxa de câmbio actual), contém ainda munições de artilharia de 155 mm e 105 mm, munições anti-blindados e mais de 15 milhões de cartuchos de munição, detalhou ainda.
"A nossa assistência tem sido fundamental para apoiar os nossos parceiros ucranianos na defesa do seu país e da sua liberdade contra a agressão da Rússia", sublinhou Blinken, citado na nota de imprensa.
O chefe da diplomacia norte-americana sublinhou ainda a urgência do Congresso actuar "o mais rapidamente possível" para desbloquear nova ajuda à Ucrânia.
O Congresso dos Estados Unidos está a debater um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, mas a oposição republicana tem levantado objecções, com alguns congressistas a preferirem um investimento na segurança na fronteira com o México.
Os Estados Unidos comprometeram-se com mais de 110 mil milhões de dólares (100 mil milhões de euros, à taxa de câmbio actual) desde que a invasão russa começou em Fevereiro de 2022.
Já este mês, poucos dias antes da pausa nos trabalhos no Congresso, os legisladores aprovaram um orçamento de defesa para 2024, libertando assim 300 milhões de dólares (247 milhões de euros) para Kiev, um montante mínimo em comparação com os 61 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros) solicitados pela Casa Branca, liderada pelo democrata Joe Biden.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo desde então a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Desde o outono, Moscovo tem aumentado os ataques nocturnos contra cidades ucranianas, numa altura em que se levantam dúvidas sobre a continuação do apoio militar ocidental a Kiev.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais. (RM /NMinuto)
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