O Zimbabwe registou pelo menos 300 mortes por cólera e 15.000 casos suspeitos desde Setembro de 2023, quando um surto da doença levou à declaração do estado de emergência na capital, Harare, declarou hoje o ministro da Saúde.
"Apopulação deve cumprir as normas e protocolos de higiene sanitária liderados pelo Ministério da Saúde para evitar a propagação da doença", afirmou o ministro Douglas Mombeshora à agência noticiosa EFE.
Segundo o ministro, vários foram os factores que contribuíram para o surto, nomeadamente o consumo de água de poços não tratados, apertos de mão, esgotos danificados e o consumo de alimentos cozidos de vendedores não licenciados.
Um dos episódios que marcou o aumento de casos ocorreu no domingo passado, quando 19 pessoas foram infectadas num funeral e hospitalizadas no círculo eleitoral de Chiweshe, na província de Mashonaland Central (norte), onde até agora foram confirmados 593 casos e 31 mortes, referiu Mombeshora.
Juntamente com Harare, a província de Mashonaland Central, que registou 61 casos só nas últimas 24 horas, é a mais afectada do país, embora o surto já se tenha propagado a pelo menos 53 distritos.
Em Dezembro de 2023, o Supremo Tribunal do Zimbabwe ordenou ao Governo e aos Ministérios da Administração Local e da Saúde que fornecessem água potável portátil à população de Harare para evitar um surto de cólera.
Em 2008, o Zimbabwe, que faz fronteira com Moçambique, sofreu um surto de cólera que matou 4.000 pessoas em Harare e 100.000 em todo o país.
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria "vibrio cholerae".
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cólera continua a ser "uma ameaça global para a saúde pública e um indicador de desigualdade e falta de desenvolvimento". (RM-NM)
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