Piratas informáticos atacam o sistema de impressão de passaportes do Malawi e exigem resgate monetário, não especificado.
O ciberataque resultou na suspensão, há cerca de três semanas, da emissão de passaportes no Malawi, facto que está a afectar negativamente os nacionais, sobretudo os motoristas de longo curso que não podem viajar para outros países.
A informação foi partilhada pelo Presidente da República, Lazarus Chakwera, após ter sido questionado na Assembleia da República sobre o atraso que se verifica na emissão de passaportes.
Para Chakwera, embora o Malawi não seja o primeiro país no mundo moderno a ser alvo de ataque cibernético, esta é uma ameaça à segurança nacional.
Informou ainda que medidas foram tomadas para o controlo da situação, sublinhando que o governo não vai pagar resgate nenhum.
Desde então, o chefe do estado deu ordens à Direcção Geral da Migração, para em três semanas, encontrar alternativas para a retoma à impressão de passaportes, enquanto se aguarda por uma solução a longo prazo com o reforço das medidas de segurança.
O presidente Lazarus Chakwera, acrescentou que as autoridades abriram uma investigação para rastrear os piratas até a sua origem, de modo a serem levados à justiça.
Desde o início do ano, os malawianos têm enfrentado dificuldades para aceder a novos passaportes, bem como para renovar os antigos.
Os problemas na produção de passaportes começaram logo depois do cancelamento pelo procurador-geral da república, Thabo Chakaka-Nyirenda, do contrato de 60.8 milhões de dólares com a Techno Brain em Dezembro de 2021, por alegada má gestão pela administração anterior. (RM Blantyre)
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