Malawi registou em 2023, um aumento dos níveis de pobreza para 71,7%.
Os dados constam do último relatório de monitoria económica do Malawi, produzido pelo Banco Mundial.
De acordo com o documento, a situação é agravada pelo facto de, a maioria das famílias pobres do Malawi, estarem a sobreviver na base de trabalhos precários, cujo rendimento diário não ultrapassa 3 mil kwachas, cerca de 105 meticais.
O Banco Mundial manifestou cepticismo quanto ao impacto que o aumento do salário mínimo anunciado recentemente pelo governo, de 50.000 kwachas/mês para 90.000 kwachas, cerca de 3500 meticais, possa gerar na vida dos beneficiários.
O relatório de monitoria económica do Malawi, sucede a um outro relatório também do Banco Mundial, denominado o Memorando Económico do Malawi, lançado em Dezembro do ano passado, o qual mostra que, apesar de o país abrigar apenas 0,24 por cento da população mundial, Malawi possui 2 por cento da população extremamente pobre do mundo.
Contudo, o Banco Mundial afirma que embora o Malawi tenha registado progressos no desenvolvimento humano, tais como a esperança de vida, o acesso à educação e à saúde ao longo dos anos, as acções de redução da pobreza estão ainda muito aquém do desejado.
O relatório observa igualmente que o crescimento económico lento está na origem das elevadas taxas de pobreza persistente.
O secretário do tesouro do Malawi Betchani Tchereni, afirmou que o tesouro está alocar financiamento para produção, substituição de importações e intervenção em áreas sociais de alto impacto.
“Por exemplo, o nosso orçamento para o ano financeiro 2024-25 centra-se em novas áreas, incluindo o estabelecimento da Empresa Mineira incorporada na Malawi Development Corporation Holdings Limited, mega-fazendas, colheitas de inverno, escolas secundárias de alta classe e desenvolvimento de infra-estruturas entre outros”, disse Tchereni.
No seu discurso sobre o Estado Geral da Nação, o presidente Lazarus Chakwera reconheceu que o Malawi é uma nação mergulhada em dificuldades e isso exige seriedade na gestão da coisa pública. (RM Blantyre)
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