O Conselho de Administração da Rádio Moçambique lamenta, com profunda consternação, o falecimento de Manuel Jorge Tomé, ex-jornalista e antigo Director-Geral da Rádio Moçambique, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, em Maputo, vítima de doença.
Nascido a 20 de Novembro de 1952, em Chimoio, província de Manica, Manuel Jorge Tomé foi membro da Comissão Política e antigo Secretário-Geral do partido Frelimo.
Foi deputado e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República e Administrador não executivo da Hidroeléctrica de Cahora Bassa.
Em 1976, em Chimoio, foi professor secundário, director do Centro Educacional de Amatongas e chefe da Comissão directiva da Escola Comercial e Industrial Joaquim Mara.
Manuel Tomé desempenhou as funções de Chefe de Redacção do Jornal Notícias, órgão para o qual fora admitido como Redactor de Terceira em Agosto de 1977.
Em Fevereiro de 1983 deixa o Jornal Notícias e é afecto ao Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central da Frelimo.
Desempenhou as funções de Secretário-Geral da Organizacão Nacional de Jornalistas, hoje Sindicato Nacional de Jornalistas, por alguns anos, desde 1986.
A sua paixão pela cultura foi marcada ao mais alto nível pela consagração do seu célebre tema musical Ndapota como a melhor canção do Ngoma Moçambique, em 1990. No desporto, foi Presidente Honorário da Associação de Natação.
Manuel Tomé foi nomeado Director-Geral da RM por despacho de 6 Janeiro de 1988, em substituição de Leite de Vasconcelhos, cargo que exerceu até 1994.
Tendo sido o segundo dirigente do maior e mais antigo órgão de radiodifusão sonora em Moçambique, no período pós-independência, Manuel Tomé criou as bases para uma nova abordagem editorial da RM, à luz da Constituição de 1990, que consagrava uma série de liberdades e a implantação da democracia multipartidária no país.
O pensamento de Manuel Tomé foi retomado pelos dirigentes que o sucederam, permanecendo vivo nos dias que correm, não obstante os desafios próprios da actualidade.
É, pois, em reconhecimento do seu legado que o Conselho de Administração curva-se perante os gigantescos feitos do embondeiro do jornalismo e do dirigismo do sector público da comunicação social.
Manuel Jorge Tomé deixa viúva e cinco filhos. (RM)
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