Pelo menos 10 pessoas morreram e 23 ficaram feridas devido à explosão de uma mina terrestre no nordeste da Nigéria, numa região assolada pela violência extremista islâmica há vários anos, anunciaram hoje fontes locais.
As vítimas eram agricultores e pescadores que tinham deixado a cidade de Monguno na quarta-feira para se deslocarem às margens do Lago Chade.
O veículo em que seguiam embateu numa mina terrestre, que se suspeita ter sido colocada por elementos do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP), uma ramificação do Estado Islâmico, de acordo com as fontes locais à agência France Presse.
O ISWAP foi repelido de várias zonas que controlava, mas continua ativo em zonas remotas, onde ataca comboios rodoviários que saem de cidades que contam com quartéis do exército nigeriano, como é o caso de Mongono.
"O veículo embateu num explosivo colocado na estrada perto do acampamento Mosquito, a três quilómetros de Monguno, por volta das 09:30, provocando uma explosão que o destruiu", informou Musa Kaka, membro de uma milícia associada ao exército nigeriano.
"Encontrámos 10 cadáveres e 23 feridos no local", acrescentou Musa Kaka.
Os mortos foram enterrados esta quarta-feira, e os feridos foram levados para um hospital da cidade, segundo Bello Adamu, outro miliciano, que corroborou os números de Musa Kaka. Uma terceira fonte, o chefe miliciano Umar Ari, também confirmou o número de mortos.
Contactado pela AFP, o exército nigeriano não reagiu até ao momento.
O ISWAP, que se separou em 2016 da fação rival Boko Haram, é atualmente dominante na região do Lago Chade. A insurreição destes grupos fez já cerca de 40.000 mortos desde 2009 e provocou a deslocação de mais de dois milhões de pessoas.
A violência extremista islâmica alastrou na última década à generalidade dos países do Sahel. (RM-NM)
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