Milhares de fiéis católicos e de outras congregações religiosas participam, este domingo em Guiúa, distrito de Jangamo, em Inhambane, na missa que recorda os 23 catequistas barbaramente assassinados a 22 de Março de 1992, durante a Guerra dos 16 anos.
Os catequistas, mártires de Guiúa, homens, mulheres e crianças, cujos corpos repousam num cemitério transformado em santuário, foram mortos por homens armados, quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.
Além de peregrinos, oriundos de diversas paróquias da província de Inhambane, na missa, que será dirigida pelo Bispo da Igreja Católica em Inhambane, Dom Ernesto Maguengue, irão participar viajantes nacionais e estrangeiros.
Serão feitas orações para a necessidade do cultivo do espírito de reconciliação, perdão e manutenção da paz.
A homilia do Bispo Católico, Dom Ernesto Maguengue, estará centrada na necessidade de construção de uma nação que respeita a vida humana, preserva os valores éticos e morais e aceita a missão divina.
O Padre da Igreja Católica responsável do Centro de Guiúa, afirma que alguns peregrinos que farão parte da missa que recorda os mártires de Guiúa, cumprem esta jornada anualmente e o fazem também no contexto turístico.
O Governador de Inhambane, um dos convidados à missa de peregrinação este domingo, em Guiúa, distrito de Jangamo, considera um momento oportuno para o fortalecimento do espírito com a palavra de Deus.
Os 23 catequistas, barbaramente assassinados, foram escolhidas em diferentes Missões, entre elas Vilankulo, Mapinhane, Massinga, Funhalouro e Guiúa, acabavam de chegar, quando na madrugada de 22 de Março de 1992 um grupo de homens armados atacou o Centro Catequético e raptou a maior parte das famílias. Em marcha, carregando os bens saqueados pelos atacantes, foram conduzidos à força para uma base, de onde vinham os invasores. Pelo caminho, um grupo de 23 catequistas e familiares, testemunharam a sua fé com o sangue, brutalmente chacinados à baioneta. Os seus corpos foram transportados e sepultados no Centro Catequético, no local onde está actualmente o Santuário diocesano de Inhambane. (RM)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.