O Governo angolano está a envidar “enormes esforços” para desenvolver o turismo, que ajuda a diversificar as receitas do Estado e criar empregos directos e indirectos, reconheceu hoje, segunda-feira, um alto funcionário marroquino.
Em declarações à ANGOP, o director para África da Direcção Nacional de Turismo de Marrocos, Admed Oumaarir, realçou que os esforços das autoridades angolanas “são visíveis” na construção de grandes infra-estruturas que vão melhorar o turismo, no país.
Admed Oumaarir falava no quadro da sua participação na sétima edição da Bolsa Internacional de Turismo (BITUR 2024), realizada de 2 a 4 de Maio corrente, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla.
Citou como exemplo o novo aeroporto internacional de Luanda, António Agostinho Neto, inaugurado recentemente no sudeste da capital angolana, com capacidade para receber os maiores aviões comerciais da actualidade.
A infra-estrutura será um dos maiores aeroportos de África, podendo movimentar, anualmente, até 15 milhões de passageiros e 50 mil toneladas de carga diversa sobre uma superfície de 1.324 hectares.
Com duas pistas duplas, foi concebido para receber os aviões B747 e A380, actualmente os maiores aviões comerciais.
Admed Oumaarir ficou igualmente impressionado com o desenvolvimento da zona turística de Cabo Lebo, a cerca de 120 quilómetros a sul de Luanda, que oferece, segundo ele, boas vistas panorâmicas, um ambiente descontraído e a possibilidade de desfrutar do sol e do mar.
Elogiou ainda o Governo angolano pela organização da BITUR 2024, que, no seu entender, proporcionou um fórum de reflexão e partilha de experiências entre países irmãos.
Um dos objectivos do evento foi apresentar as potencialidades turísticas de Angola e as iniciativas institucionais existentes no sector a nível nacional, bem como trocar ideias e partilhar experiências.
Admed Oumaarir admitiu que o certame permitiu, efectivamente, abrir um debate com profissionais e intervenientes do sector, a fim de obter recomendações importantes para o desenvolvimento do turismo.
Na sua óptica, a realização deste evento “é um forte sinal” de que as autoridades angolanas estão determinadas a promover o sector do turismo.
Nesta sua primeira visita a Angola, disse ser difícil falar com exactidão sobre o potencial turístico do país, mas manifestou-se impressionado pelo “calor humano” e pelo acolhimento dos angolanos.
“Constatei também que o país tem muitas praias bonitas, uma diversidade de paisagens, bem como uma flora e fauna muito ricas”, referiu.
Sob o lema “O turismo como factor chave na diversificação da economia angolana”, a sétima edição da BITUR contou com a participação de representantes de Angola, África do Sul, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Moçambique, Marrocos, Portugal, Zâmbia e Zimbabwe. (RM-Angop)
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