Os jornalistas moçambicanos devem inspirar-se no legado de Carlos Cardoso para que se tornem guardiões da verdade e exerçam, sem temores, a sua profissão.
Esta é a tónica da mensagem difundida hoje pelos profissionais da comunicação social moçambicana que decidiram assinalar a passagem dos 20 após a morte de Carlos Cardoso, reflectindo em torno do seu legado e luta em prol da liberdade de expressão.
O evento, organizado por antigos colegas, amigos e familiares de Cardoso, reuniu dezenas de jornalistas nacionais e membros da sociedade civil.
Na ocasião Nuno Cardoso, irmão de Carlos Cardoso, lamentou o facto de, actualmente, existirem poucos jornalistas com coragem e engajamento necessários para continuar a luta de Cardoso no combate à corrupção e outros desmandos.
Abdul Carimo, que na altura dos factos que marcaram o desaparecimento físico de Carlos Cardoso, era deputado da Assembleia da República e amigo da família, convida os jornalistas moçambicanos a reflectirem sobre o estágio actual da imprensa moçambicana, comparativamente há 20 anos.
Já Ernesto Nhanale do Misa Moçambique desafiou aos jornalistas moçambicanos a olharem nesta data como sendo o momento para despertarem e continuarem a luta de Carlos Cardoso em prol da verdade e da liberdade.
Depois de prestadas as declarações à imprensa, os jornalistas marcharam até debaixo do cajueiro onde, há 20 anos, Carlos Cardoso foi assassinado, próximo ao parque dos continuadores em Maputo, para orações e deposição de flores.
Se estivesse vivo, Carlos Cardoso completaria hoje 69 anos de idade.
"É proibido pôr algemas nas palavras". (RM)
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