David Dinkins morreu na segunda-feira aos 93 anos de idade, apenas algumas semanas após a morte da mulher.
O primeiro e o único presidente da câmara afro-americano de Nova Iorque morreu aos 93 anos de idade.
De acordo com a AP, as autoridades foram chamadas a casa de David Dinkins na segunda-feira à noite. A morte terá ocorrido por causas naturais, segundo as análises iniciais.
O óbito tem lugar apenas algumas semanas após a morte da mulher, Joyce, que faleceu em Outubro, aos 89 anos de idade.
David Dinkins nasceu em 1927, em Nova Jérsia. Filho de um barbeiro, estudou na Universidade de Howard e na Faculdade de Direito de Brooklyn, tendo desempenhado a função de mayor da cidade de Nova Iorque entre 1990 e 1993.
Durante o seu tempo no cargo, Dinkins foi responsável pela revitalização de Times Square e pelo investimento na reabilitação de casas em algumas das zonas mais pobres da cidade, como o Harlem ou o Bronx. Na mesma altura, porém, as taxas de crime e homicídio subiam, havia forte contestação social, por causa do racismo, e muito desemprego. "David, faça alguma coisa", lia-se na manchete do New York Post, em 1990, no seu último ano no cargo.
No seu livro de memórias, publicado em 2013, Dinkins assume as suas falhas como autarca, durante o tempo no cargo, destacando o caso Crown Heights (rapaz negro morto após ser atropelado por um carro, acidentalmente, guiado por um líder judeu ortodoxo), que eclodiu em violentos protestos, segundo escreve o New York Times.
Dinkins, que foi sucedido por Rudy Giuliani, sempre foi peremptório em relação ao racismo, que disse explicar a sua pequena vitória e também a sua derrota quatro anos depois: "Acredito que era racismo, puro e simples", escreveu, no livro 'A Mayor's Life: Governing New York's Gorgeous Mosaic'. (RM-NM)
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