Malawi é um dos três países que se vai beneficiar de um financiamento de 2,8 mil milhões de dólares, no âmbito do programa da Digitalização Inclusiva na África Oriental e Austral.
Trata-se de um projecto do Banco Mundial concebido para acelerar a digitalização em África, num financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
A iniciativa, visa reunir 15 países e comunidades económicas regionais e enfrentar desafios comuns, como a cobertura limitada da Internet causada por lacunas nas infra-estruturas, a baixa utilização devido ao alto custo de dados e dispositivos, às competências digitais limitadas e à falta de identificação digital necessária para transacções online.
A vice-presidente da Região da África Oriental e Austral do Banco Mundial, Victoria Kwakwa, disse que o programa vai criar oportunidades para centenas de milhões de africanos participarem activamente e contribuírem para o avanço das economias digitais da região.
O Malawi, a República Democrática do Congo e Angola foram contemplados na primeira fase do projecto de oito anos que irá proporcionar um novo e melhor acesso à Internet de banda larga a mais de 50 milhões de pessoas nos três países.
A Comissão de Desenvolvimento do Mercado Comum para a África Oriental e Austral vai liderar a coordenação regional do Programa.
O pacote financeiro do Banco Mundial tenciona apoiar o Projecto de Aceleração Digital do Malawi, que visa aumentar o acesso e utilização inclusiva da Internet e melhorar a capacidade do governo para fornecer serviços digitalmente habilitados.
Espera-se que o banco forneça uma subvenção inicial de 70 milhões de dólares, através do seu braço financeiro, a Associação Internacional de Desenvolvimento, que pode ser aumentada para 150 milhões de dólares.
O director do Banco Mundial, Nathan Belete, disse que a digitalização será uma ferramenta poderosa e essencial para desbloquear o desenvolvimento do Malawi
O programa segue-se a um relatório do Banco Mundial, “Oportunidades Digitais nas Empresas Africanas”, que alertou que as empresas locais correm o risco de ficar para trás em relação aos seus pares na região se não adoptarem a digitalização. (RM Blantyre)
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