Governo do Iémen e rebeldes Hutis chegam a acordo para aliviar tensões

Publicado: 23/07/2024, 19:49
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O Governo do Iémen e os rebeldes Hutis chegaram a um acordo para aliviar as tensões, anunciaram hoje as Nações Unidas, enquanto os dois lados lutam pelo controlo dos bancos do país.

As partes informaram Hans Grundberg, o enviado da ONU para o Iémen, que "tinham acordado várias medidas de desanuviamento", segundo um comunicado do seu gabinete.

O enviado agradeceu à Arábia Saudita o seu "papel importante" na obtenção do acordo, que prevê o "cancelamento de todas as decisões e procedimentos recentes tomados pelas duas partes contra os bancos e a cessação no futuro de qualquer decisão ou procedimento semelhante".

O Governo e os rebeldes planeiam, nos termos do acordo anunciado hoje, realizar reuniões para ajudar a resolver as suas disputas económicas e questões humanitárias.

O comunicado da ONU refere que os dois lados concordaram também em resolver, em reuniões conjuntas, disputas sobre a Yemenia, a companhia aérea nacional do país, que acusa os Hutis de congelarem os seus fundos nos bancos de Sanaa.

Os Hutis lutam contra uma coligação liderada pela Arábia Saudita desde Março de 2015, depois de terem tomado a capital Sanaa e partes do país, forçando o governo internacionalmente reconhecido a procurar refúgio em Aden.

Em Dezembro, as duas partes comprometeram-se a respeitar um roteiro desenvolvido sob a égide da ONU, trabalhando no sentido da "retoma de um processo político inclusivo".

Mas os ataques Huthi a navios no Mar Vermelho, no seguimento do conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, e as represálias dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha suspenderam as conversações de paz.

Em Maio, o banco central controlado pelo governo proibiu transacções com seis bancos na cidade de Sanaa, controlada pelos Hutis, porque estes não cumpriram uma ordem de mudança para Aden.

Os rebeldes, que operam o seu próprio banco central e utilizam notas diferentes com taxas de câmbio próprias, consideraram a decisão como uma "tentativa disfarçada" dos Estados Unidos e da Arábia Saudita de pressionarem os seus sistemas bancários.

Depois, responderam proibindo as transacções com 13 bancos em Aden, isolando os nortistas dos bancos do sul. (RM-NM)

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