Exército israelita confirma a morte do ministro da Economia do Hamas

Publicado: 05/08/2024, 19:02
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O exército israelita reivindicou hoje a morte de Abad al-Zeriei, ministro da Economia do governo do Hamas na Faixa de Gaza, num bombardeamento efetuado no domingo pela força aérea, cujas coordenadas não foram reveladas.

"Sob a direcção dos serviços secretos do exército, a força aérea eliminou Abed al-Zeriei num ataque ao departamento de fabrico de armas da ala militar do Hamas", referiu um comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).

As FDI alegaram que al-Zeriei desempenhava um papel importante nos esforços da organização islamista para "assumir o controlo da ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza", bem como na gestão dos mercados "controlados pelo Hamas" no pequeno enclave palestiniano, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita desde Outubro passado.

Israel está em "alerta máximo", antecipando um eventual ataque do Irão ou do Hezbollah, que prometeram retaliar após os assassinatos na semana passada, com oito horas de diferença, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e do chefe militar do grupo xiita libanês, Fuad Shukr, em Beirute.

Entretanto, em Telavive, cerca de uma centena de judeus ultraortodoxos protestou hoje em frente das instalações do centro de recrutamento militar de Tel Hashomer, nos arredores da capital israelita.

A acção de protesto ocorre no primeiro dia de recrutamento dos judeus ultraortodoxos, depois de o Supremo Tribunal israelita ter anulado -- numa decisão classificada como histórica - a isenção que os manteve fora do exército durante décadas.

Hoje, 600 'haredim' (ultraortodoxos em hebraico) são chamados a apresentar-se nos centros de recrutamento israelitas, e outros 500 na terça-feira, segundo o diário Yedioth Ahronoth, prevendo-se mais protestos ao longo do dia.

"Para a prisão e não para o exército", gritavam alguns dos ultraortodoxos que se manifestavam, segundo um vídeo difundido pelo canal público Kan.

De acordo com as imagens, foram registados alguns incidentes, com agentes da polícia a retirar à força alguns 'haredim' que estavam sentados no meio da estrada.

A polícia bloqueou as estradas à entrada de Tel Hashomer para impedir que os manifestantes se encontrassem com os recrutas que decidiram responder ao apelo do exército, segundo o Yedioth Ahronoth.

À porta do centro de recrutamento, alguns manifestantes distribuíram folhetos com os contactos de várias associações 'haredim', juntamente com o texto: "Caro jovem, tiveste problemas com as autoridades militares? Não hesites, contacta uma destas organizações para obter assistência gratuita".

Segundo as estimativas do meio de comunicação israelita Walla, apenas um terço dos convocados acabará por servir nas forças armadas, uma vez que os próprios líderes espirituais das comunidades 'haredim' apelaram a que se ignorassem as ordens de recrutamento do exército.

A 11 de Julho, o rabino Dov Lando criticou o sistema judicial israelita depois de este ter retirado a isenção militar aos ultraortodoxos, afirmando que o sistema judicial tinha "declarado guerra ao mundo da 'Torah' [livro sagrado dos judeus]".

Segundo as agências internacionais, anúncios no bairro ultraortodoxo de Jerusalém, Mea Shearim, diziam: "Nunca, desde a criação do Estado até hoje, houve um holocausto tão terrível contra os jovens do judaísmo ultraortodoxo na Terra Santa, nunca a espada do recrutamento foi levantada contra 1.000 jovens em dois dias, e isto é apenas o começo".

O Movimento para um Governo de Qualidade em Israel, um dos principais grupos que apelaram à integração dos jovens ultra-religiosos no exército, condenou as manifestações violentas em frente ao centro de recrutamento.

O grupo também sublinhou que o envio de apenas alguns milhares de ordens de recrutamento não é suficiente para cumprir a ordem do Supremo Tribunal e afirmou que utilizará "todos os meios legais" à sua disposição para garantir a igualdade no serviço militar.

Uma regra temporária que permitia a continuação da isenção expirou no início de Abril e numerosos grupos da sociedade civil apelaram ao fim dos privilégios dos 'haredim', que constituem cerca de 13% da população de Israel. (RM-NM)

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