Nas últimas horas, a tempestade tropical Eloise, que está a assolar parte das províncias da Zambézia, Sofala e Inhambane, destruiu infra-estruturas e provocou o desalojamento de várias famílias.
Na Zambézia, a sede do distrito do Chinde está sem energia eléctrica devido a ventos fortes, acompanhados de chuva intensa, que afectam aquela região desde a tarde de ontem.
O administrador do Chinde, Pedro Vírgula, entrevistado, esta sexta-feira, por telefone pela Rádio Moçambique, relatou a situação que se vive.
“Está a anoitecer e não temos energia, vai ser pior. Chinde está sendo assolado por ventos fortes. Não temos dados agora das casas que caíram e outros danos, vemos muitas árvores nas estradas e não podemos chegar lá, estamos com medo que a coisa possa ser pior”, disse.
Pedro Vírgula diz que a velocidade da tempestade que fustiga o distrito de Chinde desde ontem, ultrapassou a de Chalane, que destruiu, o ano passado, várias habitações.
Como medidas de precaução, o governo do distrito de Chinde exortou a população para ficar em locais seguros e evitar a movimentação.
Por seu turno, o delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, na Zambézia, Nelson Ludovico, disse que os ventos fortes e chuva intensa afectam igualmente os distrito de Luabo,Mopeia, Inhassunge, Nicoadala e Namacurra .
O vento da tempestade, que também afecta a cidade de Quelimane, atinge a velocidade de cento e quarenta quilómetros por hora.
Na província de Inhambane, a cidade de Vilankulo está a registar ventos fortes derivados da tempestade tropical Eloise.
As autoridades apontam a destruição parcial e ou total de pelo menos 25 casas de material precário e convencional, quase 20 famílias ao relento. Há, igualmente, infra-estruturas escolares que ao longo da noite não resistiram aos ventos fortes e chuva intensa.
Alguns campos de produção, numa área estimada em 30 hectares, ao longo das margens do rio Govuro, encontram-se inundados em consequência do transbordo do curso de água. Há também queda de árvores que bloqueiam algumas vias de acesso. Alguns bairros já estão sem corrente eléctrica.
O presidente do conselho municipal de Vilankulo, Wiliam Tuzine, que avançou estes dados, indicou que as famílias desalojadas preferiram abrigar-se em casas de familiares, contudo, recebem apoio alimentar das autoridades.
Esta manhã está marcado um encontro para avaliar os danos preliminares resultantes do fenómeno que continua a fustigar Vilankulo, com ventos fortes e chuvas intensa. (RM)
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