Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) terminaram esta quarta-feira o período de quarentena obrigatório, após terem entrado na China, devendo iniciar de seguida a sua investigação no terreno sobre a origem da covid-19.
Os investigadores foram vistos a sair do hotel onde cumpriram os 14 dias de quarentena e a entrarem num veículo. Não se sabe qual será o seu primeiro destino.
A covid-19 foi inicialmente detectada no final de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China.
A equipa de especialistas da OMS viajou para a China, procedente de Singapura, em 14 de Janeiro corrente, mas desde então observaram duas semanas de quarentena.
A missão prolongar-se-á por mais algumas semanas.
A investigação no terreno, que a China levou mais de um ano a autorizar, é extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam para que o vírus tenha tido origem em outros países.
A visita dos especialistas acontece depois de longas negociações com Pequim, que incluíram uma rara reprimenda por parte da OMS, que afirmou que a China estava a demorar muito para fazer os arranjos finais.
Não se sabe com quem é que os especialistas estão autorizados a falar e quais os locais que poderão visitar.
Os próprios especialistas do Governo chinês explicaram inicialmente que a doença teve origem num mercado em Wuhan, onde animais selvagens eram vendidos vivos.
Mas a imprensa estatal chinesa gradualmente descartou essa teoria por outra, não comprovada, segundo a qual o vírus poderia ter sido importado através de bens alimentares congelados.
A OMS absteve-se de emitir um juízo, até à data.
"Todas as suposições estão sobre a mesa. É claramente muito cedo para chegar a uma conclusão sobre a origem do vírus, seja na China ou fora da China", disse na semana passada Michael Ryan, director para as emergências de saúde na OMS, Michael Ryan.
A organização foi acusada pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estar sob as ordens de Pequim.
A nova administração dos EUA pediu na quarta-feira que a investigação internacional fosse "clara e completa".
"É imperativo chegar ao fundo desta questão", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. Washington vai avaliar a "credibilidade do relatório sobre a investigação uma vez concluído", notou. (RM-NM)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.