Centenas de pessoas anti chavistas manifestaram-se hoje em vários países pedindo ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que ajude crianças detidas na Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho no país.
O partido da oposição Vente Venezuela (VV), liderado pela ex-deputada María Corina Machado, disse num comunicado de imprensa que as manifestações tiveram lugar em 60 cidades de países como os Estados Unidos, Espanha, Suécia, Israel, Itália, Austrália, Nova Zelândia, Bélgica e Holanda.
"Esta ação pretende chamar a atenção da Unicef, apelando a este organismo internacional, responsável pela proteção das crianças a nível mundial, para que tome medidas mais fortes em defesa dos direitos destes menores", lê-se no comunicado.
Apesar de a organização não-governamental Foro Penal - que lidera a defesa dos considerados presos políticos na Venezuela - dizer no seu último relatório que há 68 menores detidos, o VV afirma que um total de 70 crianças permanecem atualmente "injustamente detidas pelo regime do (Presidente) Nicolás Maduro".
"Desde 28 de julho, quando o órgão eleitoral proclamou a controversa reeleição de Maduro - o regime venezuelano intensificou uma onda de perseguição e repressão, que resultou em múltiplas violações dos direitos humanos. E os menores não foram poupados a esta situação crítica", continua o comunicado de imprensa.
O partido de Machado espera que a Unicef "exija a libertação imediata" destes menores, alguns dos quais foram acusados de crimes como terrorismo, de acordo com informações divulgadas por organizações não-governamentais.
Através da rede social X, o partido da oposição mostrou imagens das manifestações em vários países, onde os venezuelanos exibiram mensagens como "o regime de Maduro rapta crianças" ou "não se metam com os meus filhos", bem como brinquedos e fotografias de alguns dos menores apreendidos.
Após a denúncia de fraude nas eleições presidenciais, cujo resultado oficial não é reconhecido por muitos países, foi desencadeada uma onda de detenções no país, com 2.400 pessoas presas - algumas delas em protestos - segundo o governo. (RM-NM)
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