Ministro sul-africano das Finanças apresenta primeiro orçamento do Governo de Unidade Nacional

A África do Sul está na expectativa de ouvir, esta quarta-feira, o primeiro orçamento do Governo de Unidade Nacional.

Com efeito, o Ministro sul-africano das Finanças vai hoje ao parlamento, na cidade do Cabo, apresentar  a politica orçamental de médio prazo, em meio á pressão sobre o subsídio de renda básica.

O Governo de Unidade Nacional, composto por dez partidos políticos, afirma estar determinado a controlar a dívida pública e agilizar as reformas, para reanimar a economia sul-africana.

O próprio presidente Cyril Ramaphosa tem dito que o governo que lidera vai procurar formas de  aumentar a produção, através da modernização e expansão das redes de energia, ferroviária, porto e  de abastecimento de água.

No entanto, a África do Sul enfrenta desafios como a alta taxa de desemprego, pobreza, desigualdades sociais e altos índices de  criminalidade.

Enoch Godongwana deve explicar como a ambição do Governo de Unidade Nacional vai ser financiada, numa altura em que grupos da sociedade civil exigem a introdução de um subsídio de renda básica.

Especialistas dizem não esperar grandes surpresas nos  números a serem apresentados esta quarta-feira, pois acreditam que o Ministro das Finanças vai defender a necessidade, entre outros,  de uma maior  consolidação fiscal, especificamente reduzindo a dívida do governo e controlo dos gastos públicos.

O Congresso dos Sindicatos sul-africano já pediu que o Governo de Unidade Nacional apresente uma politica orçamental de médio prazo decisiva e progressiva, abordando como enfrentar a serie de crises sócio-económicas que afectam uma das melhores economias do continente africano.

Também os sul-africanos esperam saber como o Governo de Unidade Nacional  espera resolver o problema das empresas publicas sem dinheiro e a pressão dos sindicatos do sector publico que exigem aumentos salariais que superam a inflação.

A apresentação da politica orçamental de médio prazo abre portas para que os Ministérios solicitem ajustes dos seus orçamentos, solicitem renovações e fundos adicionais para despesas imprevisíveis e inevitáveis.(RM Johannesburg)